Jornal “LABOR” – edição 733 (05/04/2007)
Quarta-feira
“Deadline Now!”, a ditadura do amanhã
“Não me quero civilizar!” É o grito de alerta e o pedido de socorro projectado por “Deadline Now!”, uma tragédia urbana invulgar, que a companhia de teatro Persona, de Santa Maria da Feira, apresentou na terça-feira à noite, nos Paços da Cultura.
Classificada como “electro video urban tragedy quadriphonic performance”, trata-se de um espectáculo que mistura teatro, dança, sonoplastia e vídeo no mesmo palco. Sobre três painéis atiram-se imagens de ruas, olhos, mãos, pedaços de jardim, multidão, ponteiros de relógio, suspiros, trânsito, solidão, desespero, ausência, silêncio… num rodopio frenético e, mais do que isso, esquizofrénico, ao ritmo das batidas estridentes e repetitivas dos sapatos, calcando o chão.
Elas de saltos altos, sempre em marcha, mecanicamente, atendem o telemóvel, ligam o portátil, caminham e correm; eles de testa carregada, sobrolho levantado e olhar vazio. “Sucesso”. “Competição”. “Alvo”. “Sejam eficientes”. “É preciso agir”. “Eu sou flexível, disponível a todo o momento”.
Quem não se recorda da comédia trágica “Modern Times” the Charlie Chaplin, que caricatura os efeitos nocivos do excesso de trabalho mecânico e repetitivo? Qualquer semelhança não é pura coincidência. Já avançamos umas décadas desde a época da revolução industrial. Estamos na era da revolução da informação e das tecnologias da comunicação. Teclar, conectar, executar várias tarefas em simultâneo, porque a tecnologia permite e fomenta, com um único target: sucesso, competitividade.
Resultado: demência, depressão, loucura, stress, tiques nervosos. Solução: comprimidos e mais comprimidos, anti-depressivos e químicos semelhantes, isolamento, suicídio.
Caminhando lentamente, as oito personagens acompanham as últimas respirações profundas, débeis, o último sorver mais prolongado de oxigénio do corpo que jaz, no palco, sob uma luz ténue e clara.
“Deadline Now!” estreou no ano passado e já percorreu diversas salas nacionais, tendo-se apresentado também em Paris. No próximo dia 14, sobe ao palco do Contagiarte, no Porto.
Dirigida por Lígia Lebreiro, a companhia nasceu em 2002, tendo já passado algumas vezes por S. João da Madeira, fundamentalmente, com espectáculos de animação de rua.
Salomé Pinto
quinta-feira, abril 12, 2007
SIMBIOSE - LANÇAMENTO LIVRO
14 Abril, sábado, pelas 18h30na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira
Poetas e fotógrafos de S. João da Madeira e arredores juntam-se a outros autores de Norte a Sul de Portugal e concretizam o sonho de editar uma colectânea de poesia e fotografia. "Provocação poética ou insubmissão fotográfica", como se lê no prefácio da obra, [Simbiose] reúne poemas e fotografias unidos pelo aroma subjectivo de quem contempla as páginas, intercaladas com versos e imagens captadas pela objectiva. Do realismo ao abstracto, passando pelo surrealismo, texto e imagem mergulham numa profusão de estilos e tendências, que navegam ao sabor do escritor e do fotógrafo. Em contradição ou harmonia, cabe ao leitor encontrar o clímax desta relação de opostos que se atraem. autores:Adriana Silva, Ângela Almeida, Daniel Camacho, Débora Regadas, Fátima Morão, Filipe Santos, Filomena Tavares, Linda Neto, Marco Tavares, Nuno Domingues, Patrice Almeida, Pedro Bastos, Ricardo Tavares, Rosa Familiar, Salomé Pinto, Susana Moura, Vítor Zarro
14 Abril, sábado, pelas 18h30 na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira14 Abril, sábado, pelas 18h30na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira Poetas e fotógrafos de S. João da Madeira e arredores juntam-se a outros autores de Norte a Sul de Portugal e concretizam o sonho de editar uma colectânea de poesia e fotografia. "Provocação poética ou insubmissão fotográfica", como se lê no prefácio da obra, [Simbiose] reúne poemas e fotografias unidos pelo aroma subjectivo de quem contempla as páginas, intercaladas com versos e imagens captadas pela objectiva. Do realismo ao abstracto, passando pelo surrealismo, texto e imagem mergulham numa profusão de estilos e tendências, que navegam ao sabor do escritor e do fotógrafo. Em contradição ou harmonia, cabe ao leitor encontrar o clímax desta relação de opostos que se atraem. autores:Adriana Silva, Ângela Almeida, Daniel Camacho, Débora Regadas, Fátima Morão, Filipe Santos, Filomena Tavares, Linda Neto, Marco Tavares, Nuno Domingues, Patrice Almeida, Pedro Bastos, Ricardo Tavares, Rosa Familiar, Salomé Pinto, Susana Moura, Vítor Zarro
14 Abril, sábado, pelas 18h30 na Biblioteca Municipal de S. João da Madeira
terça-feira, abril 03, 2007
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