Desde a minha muito recente alfabetização tecnológica, e agora de férias, tenho visitado e devorado um número absurdo de “blogues”. Dos mais variados temas, mais ou menos artísticos, com esta ou aquela inclinação política, de eminentes e/ou obscuros criadores e colaboradores. Ora, bastante alheada do “Who is who?” português, deveria ter previsto algumas surpresas. Mas como sabem, as inverosimilhanças e eu...
Num muito distinto e considerado blog (não revelo o nome para segurar o que resta da minha dignidade e não a do blog), a discussão do dia era a crítica literária. Vai a Lúcia, e depois de atentamente reler o post inicial e os comentários dos intervenientes (ninguém gosta de repetidores), não resiste a mandar a sua posta de pescada.
De uma forma que pretendi educada (talvez naif e fora de moda), cumprimentei, pedi desculpa pela intromissão e como é óbvio! mandei f**** os críticos. De seguida, creio que não ter dito muitas mais asneiras. Posso não ter sido brilhante mas disse o que pensava. Nem mais, nem menos. Se fizesse a minha própria crítica: Talvez simplista, (espero que não simplória), a autora apresenta uma escrita básica ao nível morfológico e semântico, e ao privilegiar perspectivas analíticas de carácter intuitivo, denota falta de referências explícitas e contextualizadas. Grande m****, heim?
Ainda electrizada na minha ousadia e na expectativa de repercussões, “críticas da minha crítica á crítica”, tem então início a saga da Pombinha das Neves...
Era Alguém, pois na dúvida entre nome real ou real nome, eu assino com o meu Próprio. Macho ou fêmea, atira a matar: “Lúcia Rodrigues? És irmã do Emplastro?” A estranhar, respondo: “Não sei…É importante? Estou a ser inopurtuna?” Sim, com esta cereja ortográfica a engrandecer o discurso… “Se estou, peço desculpa.” Eu sou crente…Mas ganho coragem e cuspo farpinha: “E você? Da Catrina ou Abominável?” Infantil. Embora o tratamento à beto que te desprezo me desse algum gozo...Mas também, qual é a onda de alguém que se intitula Pombinha das Neves?
Revelou-se naturalmente mazinha. Levei com duas tiradas de cariz erótico-porco (ou melhor, canídeo!), retiradas de um texto anteriormente transcrito por outrem, num espírito de provocação á presumível autora presente no blog.
A entranhar, mando-lhe um bilhete-postal que, embora fizesse notar que aquele tipo de preferências não eram do meu estilo e responsabilidade, pedia novamente desculpa “aos senhores e senhoras do blog” por algo inapropriado que pudesse ter dito.
Um dos “Senhores”, o do post inicial, atencioso (e/ou benevolente), tranquilizou-me: “ Não disse, Lúcia, não disse. E por outra, diga sempre.” Saltei de satisfação. Ora toma!
Se tivesse assim terminado...
É neste momento que a Lucinha se entusiasma de tal forma que, sem mais, endereça á Pombinha um dos seus poemas, o “Contralanças”.
Silêncio no blog. Ninguém se pronunciou sobre a minha insólita deixa...Teria preferido que me mandassem plantar batatas...
Resolução aqui da vossa cibernauta: se fizer crítica, não beba.
Para cúmulo, envergonhadíssima e depois de alguma pesquisa, descobri que o “Senhor” em questão (o simpático, não a Pombinha) é professor universitário, escritor, crítico literário, tradutor…Já encerrei as minhas apostas sobre o que ele deve ter pensado...
Enfim… Vou demorar algum tempo a reequilibrar a minha precária auto estima até me aventurar novamente em territórios desconhecidos.
Terão de ser vocês a aguentar com disparates destes e obrigado por não serem Pombinhas...
Vivam, Persona!
3 comentários:
Viva Lúcia! Um sarava para ti e para o Filipe. Há uns livros interessante que podes ler: Maquiavel, Platão, Thomas More, Rousseau, etc. Dão umas ideias sobre a organização de uma sociedade e a luta pelo poder. Todavia, julgo que a política já teve melhores dias...Um abraço, JN
Sempre ao dispôr, cara Lúcia... Os amigos são para serem utilizados, principalmente quando precisamos deles. Terás sempre lugar junto daquekles que te amam e respeitam... o resto é o mundo, onde também temos lugar mas nem sempre carinho.
Sempre ao dispôr, cara Lúcia... Os amigos são para serem utilizados, principalmente quando precisamos deles. Terás sempre lugar junto daquekles que te amam e respeitam... o resto é o mundo, onde também temos lugar mas nem sempre carinho.
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